sexta-feira, 22 de junho de 2012

domingo, 10 de junho de 2012

Viagem pra Curitiba de moto



Feriado de Corpus Christi, me bateu uma vontade de incendiar igrejas(rs). Tive que fugir de São Paulo, pois o tempo aqui era só de chuva, então, meu amigo Renato e eu, resolvemos nos mandar pra Curitiba(PR). Saímos de São paulo as 06:00 da manhã, mais ou menos, eu estava com o pé encharcado, pois não havia colocado a polaina, e peguei chuva de casa até o nosso ponto de encontro.
Paramos em um posto pro Renato colocar uma capa no seu filtro de ar, e eu aproveitei para trocar a meia e improvisar uma polaina com sacolas, mas meu pé já estava começando a congelar. Resolvemos fazer um caminho mais longo, com uma vista mais bela, e ir pelo litoral, porém, a chuva estragou toda a vista e acabou com a viagem pro Renato, pane elétrica em um túnel antes de Santos(SP). Depois de horas tentando fazer a moto dele ligar no túnel, fomos levados a uma área do S.O.S pelo guincho, e lá tentamos de tudo, até que a moto pegou, mas não segurava a aceleração, ou seja, toda a falsa esperança gerada foi por água abaixo. Esperei o guincho chegar com o Renato, e decidi seguir em frente sozinho, não havia pegado chuva e frio ate ali pra desistir. Segui em frente, no relógio marcava 15:00hs, a fome começou a incomodar, e eu estava em uma estrada com cinco ou seis horas de viagem restantes. Logo tive minha primeira surpresa, o meu velocímetro parou de funcionar, não tive o que fazer, fui me baseando na velocidade dos carros a minha volta, e torço para que não tenha levado nenhuma multa. Quanto mais me aproximava do Paraná mais congelado ficava, peguei chuva o tempo todo. Chegou um momento em que eu parava a cada dois postos, pois não sabia quanto me restava de gasolina, e precisava tomar um cafe pra esquentar um pouco o corpo, a essas horas meu pé formigava de frio, estava molhado, com fome e cansado. Chegando em Curitiba, lá pra umas 21:00hs, ainda precisava encontrar um hotel e um local pra fazer uma recarga no meu celular. Feriado, e todos os lugares estão fechados, as lojas no shopping, fecharam as 20:00hs, e então procurei em postos e farmácias, mas não tive sucesso. Deixei o celular de lado e comecei a procurar hotéis. Depois de rodar por vários, de diversos preços e condições. Encontrei um bom, barato e bem localizado(se bem que em Curitiba tudo é perto). Estendi todas as roupas molhadas, tomei um banho quente, e capotei de cansaço.
No meu primeiro dia, acordei cedo, visitei a maioria dos locais pra turismo, como a "Ópera de Arame", onde havia um comboio de harleys. Almocei e fui atrás de um moto peças, pra concertar meu velocímetro. Conheci o Ivan, do Moto Peças Ivan, gente boa, me fez um preço camarada e deixou minha sombra 100% outra vez. Com o velocímetro funcionando, me dei conta de que, com um tanque, poderia rodar umas duas semanas ou mais em Curitiba(rs).
E lá estava eu, solo, desbravando a cidade, fui em alguns pubs e lanchonetes que ouvi falar. recomendo o "Sheridans", tem banda ao vivo(ROCK Clássicos), e no som ambiente, mais rock. - Nada melhor do que chopp, rock e gente bonita. Recomendo também o "Peggy Sue" uma lanchonete com o visual meio retrô. Fui em uma baladinha chamada "james bar", o som estava razoável. Sai de lá e fui pra uma outra chamada "bar do Simão"(engraçado que tem bar no nome, mas não é um bar apenas).
Na volta, o tempo estava uma maravilha, logo que peguei a BR116 sentido São Paulo, conheci o Marcelo, que vinha do sul pra sampa. Alguns quilômetros a frente quebrou o parafuso do meu suporte de placa, e eu tive que improvisar novamente, peguei o cadarço da minha bota, e amarrei o suporte, porém, não segurou. Então o Marcelo me emprestou uma aranha, e amarramos o suporte de forma que suportasse a viagem de volta.(Tive sorte dele ter me acompanhado na volta, pois havia esquecido até do pedágio e estava sem dinheiro em espécie, teria que passar o valor de R$ 0,90 no débito).
Cheguei em casa umas 15:00hs,e assim termino meu feriado, criando este blog, com uma sensação de que encontrei o que quero pra minha vida neste momento, viajar de moto até onde a estrada tiver fim.