domingo, 10 de junho de 2012

Viagem pra Curitiba de moto



Feriado de Corpus Christi, me bateu uma vontade de incendiar igrejas(rs). Tive que fugir de São Paulo, pois o tempo aqui era só de chuva, então, meu amigo Renato e eu, resolvemos nos mandar pra Curitiba(PR). Saímos de São paulo as 06:00 da manhã, mais ou menos, eu estava com o pé encharcado, pois não havia colocado a polaina, e peguei chuva de casa até o nosso ponto de encontro.
Paramos em um posto pro Renato colocar uma capa no seu filtro de ar, e eu aproveitei para trocar a meia e improvisar uma polaina com sacolas, mas meu pé já estava começando a congelar. Resolvemos fazer um caminho mais longo, com uma vista mais bela, e ir pelo litoral, porém, a chuva estragou toda a vista e acabou com a viagem pro Renato, pane elétrica em um túnel antes de Santos(SP). Depois de horas tentando fazer a moto dele ligar no túnel, fomos levados a uma área do S.O.S pelo guincho, e lá tentamos de tudo, até que a moto pegou, mas não segurava a aceleração, ou seja, toda a falsa esperança gerada foi por água abaixo. Esperei o guincho chegar com o Renato, e decidi seguir em frente sozinho, não havia pegado chuva e frio ate ali pra desistir. Segui em frente, no relógio marcava 15:00hs, a fome começou a incomodar, e eu estava em uma estrada com cinco ou seis horas de viagem restantes. Logo tive minha primeira surpresa, o meu velocímetro parou de funcionar, não tive o que fazer, fui me baseando na velocidade dos carros a minha volta, e torço para que não tenha levado nenhuma multa. Quanto mais me aproximava do Paraná mais congelado ficava, peguei chuva o tempo todo. Chegou um momento em que eu parava a cada dois postos, pois não sabia quanto me restava de gasolina, e precisava tomar um cafe pra esquentar um pouco o corpo, a essas horas meu pé formigava de frio, estava molhado, com fome e cansado. Chegando em Curitiba, lá pra umas 21:00hs, ainda precisava encontrar um hotel e um local pra fazer uma recarga no meu celular. Feriado, e todos os lugares estão fechados, as lojas no shopping, fecharam as 20:00hs, e então procurei em postos e farmácias, mas não tive sucesso. Deixei o celular de lado e comecei a procurar hotéis. Depois de rodar por vários, de diversos preços e condições. Encontrei um bom, barato e bem localizado(se bem que em Curitiba tudo é perto). Estendi todas as roupas molhadas, tomei um banho quente, e capotei de cansaço.
No meu primeiro dia, acordei cedo, visitei a maioria dos locais pra turismo, como a "Ópera de Arame", onde havia um comboio de harleys. Almocei e fui atrás de um moto peças, pra concertar meu velocímetro. Conheci o Ivan, do Moto Peças Ivan, gente boa, me fez um preço camarada e deixou minha sombra 100% outra vez. Com o velocímetro funcionando, me dei conta de que, com um tanque, poderia rodar umas duas semanas ou mais em Curitiba(rs).
E lá estava eu, solo, desbravando a cidade, fui em alguns pubs e lanchonetes que ouvi falar. recomendo o "Sheridans", tem banda ao vivo(ROCK Clássicos), e no som ambiente, mais rock. - Nada melhor do que chopp, rock e gente bonita. Recomendo também o "Peggy Sue" uma lanchonete com o visual meio retrô. Fui em uma baladinha chamada "james bar", o som estava razoável. Sai de lá e fui pra uma outra chamada "bar do Simão"(engraçado que tem bar no nome, mas não é um bar apenas).
Na volta, o tempo estava uma maravilha, logo que peguei a BR116 sentido São Paulo, conheci o Marcelo, que vinha do sul pra sampa. Alguns quilômetros a frente quebrou o parafuso do meu suporte de placa, e eu tive que improvisar novamente, peguei o cadarço da minha bota, e amarrei o suporte, porém, não segurou. Então o Marcelo me emprestou uma aranha, e amarramos o suporte de forma que suportasse a viagem de volta.(Tive sorte dele ter me acompanhado na volta, pois havia esquecido até do pedágio e estava sem dinheiro em espécie, teria que passar o valor de R$ 0,90 no débito).
Cheguei em casa umas 15:00hs,e assim termino meu feriado, criando este blog, com uma sensação de que encontrei o que quero pra minha vida neste momento, viajar de moto até onde a estrada tiver fim.

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